45 dias de reabilitação.

          
          16/06/12. Um marco para 2012, sem dúvidas. Foi esse o dia que decidi me desintoxicar de tudo aquilo que me causava agonia. Com essa data também tive que repensar alguns atos, afastar-me de coisas que eu nunca imaginava sem. Não que isso possa ser classificado naquela categoria de “agonia”, como citei anteriormente. Essas atitudes, creio eu, ajudarão o coração a pensar. Ajudarão a mente a perceber, a sentir, a se expressar. Sim, pode até ser que eu esteja errada, que tudo ficasse melhor da maneira que estava. Mas convenhamos, bem melhor quebrar a cara tendo feito algo que acreditava que se decepcionar com algo que nunca acreditou, em instante algum.
Acho que foi nesse dia também que eu tive coragem de me encarar no espelho e perceber o quão infantil e frívola eu estava sendo. Com os estudos, com os amigos, com meus sentimentos, com quem acreditava em mim, com quem não acreditava, com quem me esnobou, com quem me acolheu... Enfim, com a vida.
Acho também que essa data foi só uma desculpa preguiçosa do meu cérebro pra começar uma mudança no momento propício. Afinal, 16, sábado, férias... E recomeço (mais uma vez).
Propício ou não, vou (tentar) organizar minha vida aos poucos.
Procurar os meus objetivos com mais afinco, esquecer o que me faz mal com mais veemência.
Estudar mais (sim, aproveitar todo o tempo que perdi quando, coincidentemente, eu estava perdida dentro de mim mesma). Viver mais a vida real, esquecer um pouco esse complexo virtual que me cerca.
Ler mais livros, conhecer mais pessoas, manter minha vida organizada e ser feliz em toda e qualquer oportunidade que possa surgir.
Utópico? Sim, pode até ser, mas como todas as outras coisas da minha vida, vou poder erguer a cabeça e dizer: “Pelo menos eu tentei”.
E que venham esses 45 dias (16/06/12 à 31/07/12), que venham mais desafios e que venha minha coragem também pra cumprir tudo que eu me prometi.
Se não der certo? Digo e repito: pelo menos eu tentei.

Raíssa Muniz

Um comentário: