Preciosidades de estante: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa – C.S. Lewis

Quando ataques aéreos invadem Londres, quatro irmãos são mandados ao interior para viverem na casa de um velho professor na companhia do proprietário, uma governanta e três criadas.

Susana, Pedro, Edmundo e Lúcia logo se encontram defronte uma construção vasta e passam a explorá-la com o intuito de aproveitarem os dias de chuva, quando não poderiam sair para brincar. Em uma brincadeira de esconde-esconde, Lúcia entra em um quarto praticamente vazio e encontra apenas um guarda-roupa. Tendo aquele móvel como único local à vista para se esconder, a garota entra no mesmo à procura do seu fundo.

Para sua surpresa, a parede de madeira parece nunca chegar e o no local que deveria ser o fundo, ela encontra um bosque coberto de neve. Neste ponto começa a descoberta de Nárnia por Lúcia, a primeira dos quatro irmãos a chegar à terra misteriosa.

No decorrer do livro os outros três conhecem Nárnia, embora nem todos tenham ficado do mesmo lado. Edmundo trai a confiança dos irmãos ao deixá-los após uma refeição para procurar a rainha Jadis. Pouco sabia, no entanto, que a rainha buscava reunir os “dois filhos de Adão” e “as duas filhas de Eva” para executar. Uma velha profecia incitou a imponente feiticeira a querer realizar tal ação, colocando a vida das quatro crianças em perigo.

Daí em diante, o livro toma grandes reviravoltas e narra diversas aventuras, produzindo nos leitores mais sensíveis uma notável sensação de “viagem entre as palavras”.

Quando o li, lembrei rapidamente da saga Harry Potter. Não sei se foi pelo fato da fantasia ser peça principal de ambas as sagas, ou mesmo se foi pelo companheirismo dos irmãos Pevensie, remetendo ao trio de Harry, Rony e Hermione.

Além de ser o “livro centralizador” para os fatos de todos os outros, “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa” é divertido, apesar dos seus dezessete capítulos. Percebi nele menos descrições extensas, como notei em todos os outros d’As Crônicas de Nárnia. A leitura não é de todo fácil, mas não chega a ser complicada. Pode ser lido em um único dia, se o leitor for um autêntico devorador de livros.

Raíssa Victória Muniz

08/01/12